Uma equipe de cerca de 30 policiais fará parte de uma
força-tarefa para investigar a morte de mulheres por motociclista, em Goiânia.
De acordo com o superintendente de Polícia Judiciária da Polícia Civil (PC),
Deusny Aparecido Silva Filho, seis delegados, três da capital e três do
interior e as respectivas equipes de agentes e escrivães, vão reforçar a
apuração da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). O trabalho
terá foco nos casos ocorridos de forma semelhante, quando as vítimas foram
mortas por um homem de capacete preto, que fugiu em uma moto sem levar nada.
Até segunda-feira (4/8), considerava-se o número de 12
mulheres assassinadas em circunstâncias parecidas, de janeiro até o último fim
de semana, na capital. Mas a contagem deixava de lado o caso da Lílian Sissi
Mesquita e Silva, de 28 anos, morta com um tiro no peito no dia 3 de fevereiro,
quando saiu de casa para buscar os filhos na escola, pouco antes das 17 horas.
Imagens de câmera de segurança flagraram o momento em que o assassino, todo
vestido de preto, com capacete, em uma moto também de cor preta, para no meio
de cruzamento, atira no peito da vítima e foge sem levar nada. Com esse crime,
sobe para 13 mortes a serem esclarecidas.
O assassinato de Lílian Sissi aconteceu no Setor Cidade
Jardim, a pouco mais de dois quilômetros do ponto de ônibus do Setor Morada
Nova, onde Ana Lídia Gomes Sousa, de 14, perdeu a vida no sábado. A morte da
adolescente causou grande comoção nas redes sociais, a ponto do governador
Marconi Perillo (PSDB) publicar no Twitter a determinação de que fosse montada
força-tarefa para investigar os crimes.
No entanto, o superintendente da Polícia Judiciária evita
usar força-tarefa e diz que prefere chamar de “ampliação do trabalho da Polícia
Civil”. Segundo Deusny, as equipes de reforço foram escolhidas por critérios
técnicos. “O principal deles é o perfil de investigar e a habilidade de
investigação, pois queremos dar uma resposta o mais rapidamente possível para
esses 12 fatos da morte de mulheres praticadas por motociclistas”, explicou.
O grupo será coordenado pelo titular da DIH, Mutilo Polati,
e trabalhará em conjunto com oito adjuntos da delegacia, que presidem os
inquéritos atualmente. “Os 12 inquéritos vão continuar sendo presididos pelos
titulares. Os delegados de reforço assumirão um ou dois casos específicos,
porém, atuando de forma global para formar um bloco único de investigação. Os
investigadores auxiliares vão atuar nos trabalhos externos, de investigação de
rua”, detalhou.
Grande parte do reforço atua na Delegacia Estadual de
Repressão a Narcóticos (Denarc), em Goiânia. Foram requisitados o titular Odair
José Soares, e dois adjuntos, Vinícius Ney Barbosa e Eduardo Prado, e mais de
10 agentes e escrivães. Do interior, serão deslocados temporariamente para a
capital: o delegado regional de Itumbiara, Ricardo Chueire; o titular do Grupo
de Investigação de Homicídios de Trindade, Douglas Pedrosa; e o delegado de
Ceres, Alexandre Bruno de Barros. Eles devem vir hoje para Goiânia com as
equipes.
A ordem de missão inicial vale por 30 dias, mas Deusny
afirma que o prazo deverá ser prorrogado. A quantidade de policiais também pode
aumentar, de acordo com a necessidade. Grupo tem vasta experiência
(Fonte: Jornal O Popular)
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