Há
exatos sete dias, na segunda (1º/1), a crise nas penitenciárias do estado de
Goiás teve a primeira rebelião, que deixou nove presos mortos, sendo dois
decapitados, 14 feridos e centenas de foragidos. O problema da
superlotação desencadeou outros dois motins e fugas em prisões do Entorno do
Distrito Federal, deixando a população e familiares dos detentos em alerta.
Enquanto isso, o governador Marconi Perillo (PSDB) tirava férias em um resort.
O local escolhido foi a Praia dos Carneiros, em
Pernambuco, conhecida pelas hospedagens luxuosas, que oferecem ótimos serviços e
estrutura completa para lazer e descanso. O chefe do Executivo goiano confirmou
o passeio e disse que decidiu descansar por três dias, “depois de um ano de
intenso trabalho”.
Acrescentou que teve reunião com a equipe de
segurança, deixando algumas decisões encaminhadas para controlar a situação em
Aparecida de Goiânia. “Deixei o vice-governador no comando da situação em conjunto
com a nossa competente equipe responsável pelo sistema de segurança”, afirmou
ao jornal Gazeta Online.
Ainda assim, enquanto ele estava de férias, a situação nos presídios só piorou. Houve mais duas rebeliões em Aparecida — tratadas pelo governo como “tentativas”, já que não houve mortos, nem feridos — e uma fuga em massa em Luziânia. Neste caso, os presos serraram as grades e 11 fugiram. A ação foi toda registrada em vídeo feito pelos próprios detentos, por celular.
Perillo disse que
enquanto estava distante de Goiás, continuou despachando pelo celular. “No
mundo atual, a internet é utilizada em situações diversas, na liderança e na
ação. Tanto é verdade que duas tentativas de rebelião foram frustradas graças à
nossa rápida e eficiente ação. Em uma delas, conversei com o diretor do sistema
prisional várias vezes na madrugada.”
Nesta segunda-feira (8), a presidente do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), Cármen Lúcia, estará em Aparecida de Goiânia para uma inspeção no
presídio. Em seguida, irá almoçar com o governador, para discutir os próximos
passos com a crise nos presídios.
(Metrópoles/Foto reprodução/redação JAL)
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